Artigo retirado do site do Jornal O Estado de São Paulo
Empórios, mercearias e armazéns de secos e molhados abasteciam as casas dos paulistanos
02 de agosto de 2013 | 13h 52
Rose Saconi
Até meados da década de 1950, os paulistanos não tinham supermercado na cidade. As compras de alimentos como feijão, farinha e milho eram feitas, a granel, em quitandas, feiras, empórios e uma infinidade de armazéns de secos e molhados que existiam espalhados pela cidade. Os fregueses entravam nessas chamadas 'vendinhas' e escolhiam o produto que ficava exposto em sacos abertos. Podiam pegar na mão, examinar a qualidade, o cheiro, a textura. O pedido era feito ao balconista, que pesava e empacotava em sacos de papel os alimentos para o cliente. Quem não tinha dinheiro na hora, pedia para anotar na caderneta.
Pelos anúncios das páginas de classificados do Estado é possível conhecer um pouco como era o serviço de abastecimento em São Paulo antes dos supermercados. O Empório Central, no largo do Rosário, por exemplo, vendia farinha de centeio, para pão, féculas de batata e fubá de milho branco.
A Casa F. Monteiro & Cia Ltda, um dos maiores comerciantes de secos e molhados da cidade, publicava no jornal aos domingos a lista de preços de suas mercadorias. "Nosso lema é vender barato para vender mais", disse ao Estado, em 1946, Fernando Monteiro, um dos sócios do empório.
No início, a novidade do sistema 'pegue e pague' do supermercado levou alguns fregueses a perguntarem sobre o preço do aluguel dos carrinhos, ou se havia a necessidade de comprar ingresso para entrar no estabelecimento. Ir às compras passou a ser um evento, um passeio diferente. Em poucos anos os supermercados conquistaram as famílias brasileiras e se multiplicaram pela cidade e as vendinhas sumiram aos poucos.
Sem conhecer supermercado, paulistano comprava produtos a granel. Foto: Acervo/Estadão
Até meados da década de 1950, os paulistanos não tinham supermercado na cidade. As compras de alimentos como feijão, farinha e milho eram feitas, a granel, em quitandas, feiras, empórios e uma infinidade de armazéns de secos e molhados que existiam espalhados pela cidade. Os fregueses entravam nessas chamadas 'vendinhas' e escolhiam o produto que ficava exposto em sacos abertos. Podiam pegar na mão, examinar a qualidade, o cheiro, a textura. O pedido era feito ao balconista, que pesava e empacotava em sacos de papel os alimentos para o cliente. Quem não tinha dinheiro na hora, pedia para anotar na caderneta.
O Estado de S. Paulo - 19/5/1940
Pelos anúncios das páginas de classificados do Estado é possível conhecer um pouco como era o serviço de abastecimento em São Paulo antes dos supermercados. O Empório Central, no largo do Rosário, por exemplo, vendia farinha de centeio, para pão, féculas de batata e fubá de milho branco.
A Casa F. Monteiro & Cia Ltda, um dos maiores comerciantes de secos e molhados da cidade, publicava no jornal aos domingos a lista de preços de suas mercadorias. "Nosso lema é vender barato para vender mais", disse ao Estado, em 1946, Fernando Monteiro, um dos sócios do empório.
O Estado de S. Paulo - 27/11/1883 e 19/5/1946
No Brasil. O primeiro supermercado da cidade, e do Brasil, foi inaugurado em agosto de 1953, com o nome 'Sirva-se'. Ficava na esquina da rua da Consolação com a alameda Santos. Os proprietários tentavam pela primeira vez implantar aqui o sistema norte-americano de vendas no varejo, o auto-serviço, como era chamado, que possibilitava uma escolha mais livre dos produtos por parte do consumidor, dispensando a presença do vendedor.
O Estado de S. Paulo - 4/9/1953
No início, a novidade do sistema 'pegue e pague' do supermercado levou alguns fregueses a perguntarem sobre o preço do aluguel dos carrinhos, ou se havia a necessidade de comprar ingresso para entrar no estabelecimento. Ir às compras passou a ser um evento, um passeio diferente. Em poucos anos os supermercados conquistaram as famílias brasileiras e se multiplicaram pela cidade e as vendinhas sumiram aos poucos.
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